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| Foto reprodução |
O filme “Feios”, lançado pela Netflix, é uma adaptação da obra homônima de Scott Westerfeld e traz à tona questões profundas relacionadas ao preconceito e às desigualdades baseadas na aparência das pessoas. Dirigido por Joseph McGinty Nichol, o filme se passa em um futuro distópico onde a beleza é imposta por meio de cirurgias plásticas aos 16 anos.
No filme, a protagonista, Tally Youngblood (Joey King), vive
em uma sociedade que valoriza a estética em detrimento da individualidade, sendo
essa uma reflexão sobre o que significa ser “bonito” e as consequências
disso.
A Realidade do Preconceito Estético
“Feios” aborda um tema que, embora situado em um futuro
fictício, ressoa fortemente em nossa realidade atual: o preconceito estético. A
trama segue Tally, que, prestes a se submeter à cirurgia que a tornará
“bonita”, se vê envolvida na busca por sua amiga desaparecida. E ao se unir a
um grupo de rebeldes conhecidos como os “Feios”, Tally começa a questionar os
padrões impostos pela sociedade.
Essa narrativa ilustra como a pressão social para se
conformar a uma determinada ideia de beleza pode levar a consequências
devastadoras. Dessa forma, o filme não apenas entretém, mas provoca uma
reflexão sobre o que realmente valorizamos em nossas relações e em nós mesmos.
O preconceito estético é uma forma de discriminação que se
manifesta em diversas esferas da vida, desde o ambiente de trabalho até as
interações sociais. Como apontado em uma análise no site TechTudo, “Feios”
destaca a luta contra um sistema que marginaliza aqueles que não se encaixam
nos padrões de beleza estabelecidos.
Além disso, a obra nos leva a refletir sobre a
unatractifobia, sendo o medo ou aversão a pessoas consideradas “feias”. Segundo
a Wikipédia, essa condição gera um desconforto significativo e muitas vezes
leva a sintomas físicos, como falta de ar e palpitações. Pois a aversão não é
apenas uma questão superficial; ela revela uma estrutura social que desvaloriza
a individualidade e promove uma forma de exclusão.
Desigualdade e a Busca pela Aceitação
A desigualdade gerada por padrões de beleza é uma questão
que perpassa gerações. E no contexto do filme, a cirurgia plástica se torna um
rito de passagem, mas também uma forma de controle social. Essa ideia é
reforçada por especialistas que discutem a importância da aceitação e da
diversidade em nossa sociedade. Sendo assim, a crítica ao lookism, ou
discriminação estética, é uma parte central da discussão sobre como a aparência
pode influenciar oportunidades e relacionamentos.
Como destacado no artigo do site CLAUDIA, o medo de pessoas
consideradas feias revela uma faceta da discriminação que se intensifica em
ambientes competitivos. A aversão a feiura não é apenas uma questão estética; é
uma manifestação de inseguranças e normas sociais que perpetuam desigualdades.
Essa forma de preconceito pode levar a um ciclo vicioso de exclusão e
marginalização, onde as pessoas se sentem compelidas a se submeter a padrões
irreais para serem aceitas.
O filme “Feios” não apenas entretém, mas também serve como
um chamado à ação para questionarmos nossas próprias atitudes em relação à
aparência dos outros. Ao mostrar a jornada de Tally em busca de sua amiga e da
verdade, somos incentivados a refletir sobre como tratamos aqueles que não se
encaixam nos padrões convencionais de beleza.
A mensagem central do filme é clara: a verdadeira beleza
reside na individualidade e na aceitação mútua. Ao desmantelar os preconceitos
que cercam a aparência, podemos criar um mundo mais inclusivo, onde as pessoas
são valorizadas pelo que são, não pelo que parecem. “Feios” nos convida a olhar
além das aparências e a valorizar a essência de cada indivíduo, promovendo uma
sociedade mais justa e igualitária.
Em suma, “Feios” é mais do que um filme sobre beleza; é uma
reflexão sobre preconceito, aceitação e a luta contra normas sociais
opressivas. Ao confrontar a unatractifobia e a discriminação estética, a obra
nos provoca a reconsiderar nossas próprias crenças e comportamentos em relação
à aparência dos outros. Que possamos aprender com Tally e sua jornada,
abraçando a diversidade e a autenticidade em todas as suas formas.
Fontes:
— TechTudo
— Wikipédia sobre Unatractifobia
— CLAUDIA
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