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Poliomielite: O Perigo Real Ainda Existe - Vacinas, Mitos e Tratamentos

Poliomielite: O Perigo Real Ainda Existe - Vacinas, Mitos e Tratamentos
Embora a poliomielite tenha sido praticamente erradicada no Brasil, a prevenção continua sendo crucial (Foto Reprodução).

 A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença viral grave que afeta o sistema nervoso central e pode causar paralisia permanente em questão de horas. Embora o Brasil tenha eliminado a transmissão do poliovírus no território nacional, a doença ainda representa uma ameaça global. Por isso, é essencial que todos, especialmente os pais, compreendam o que é a poliomielite, suas causas, sintomas, tratamentos e, acima de tudo, a importância da vacinação.

Neste post, vamos abordar de forma detalhada o que você precisa saber sobre a poliomielite: o que a causa, seus sintomas, os tratamentos disponíveis, a vacinação, e os mitos e verdades que ainda circulam sobre a doença.

O que é a Poliomielite? A Real Ameaça ao Sistema Nervoso

A poliomielite é uma infecção viral altamente contagiosa causada pelo poliovírus, que ataca principalmente crianças menores de 5 anos. O vírus entra no corpo pela via oral, através do consumo de água ou alimentos contaminados com fezes de pessoas infectadas. Uma vez no organismo, o poliovírus se multiplica na garganta e no intestino, podendo, em casos mais graves, atingir o sistema nervoso central e causar paralisia.

O que torna a poliomielite tão perigosa é a rapidez com que a infecção pode progredir para formas graves. Em casos severos, o vírus pode atingir a medula espinhal, resultando em paralisia permanente, geralmente nas pernas, mas também podendo afetar os músculos respiratórios, causando a morte.

Causas e Formas de Transmissão

A poliomielite é causada pelo poliovírus, que pertence à família dos enterovírus. Este vírus é transmitido principalmente por meio da via fecal-oral, ou seja, ao ingerir alimentos ou bebidas contaminados com fezes de uma pessoa infectada. Isso pode ocorrer especialmente em áreas com saneamento básico inadequado, onde as condições de higiene são precárias.

Além disso, o poliovírus também pode ser transmitido de pessoa para pessoa através da secreção da garganta, embora esse modo de transmissão seja menos comum. Em locais com surtos ativos, a propagação pode ser extremamente rápida, atingindo comunidades inteiras se as precauções necessárias não forem tomadas.

Sintomas da Poliomielite: Como Identificar e Quando Procurar Ajuda

A poliomielite pode ser assintomática ou causar sintomas leves, como febre, dor de cabeça, fadiga, náusea e dor no pescoço e nas costas. No entanto, em cerca de 1 em cada 200 casos, a infecção pode afetar diretamente a medula espinhal, causando paralisia.

Sintomas iniciais da poliomielite incluem:

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Cansaço e fadiga;
  • Dor no pescoço e nas costas;
  • Náusea e vômito.

Em casos graves, especialmente quando o vírus atinge a medula espinhal, os sintomas podem evoluir para:

  • Paralisia muscular: normalmente, a paralisia afeta uma perna ou ambos os membros inferiores, mas também pode afetar os músculos respiratórios, levando a dificuldades respiratórias.
  • Dificuldade para engolir ou respirar: se a paralisia afetar os músculos responsáveis pela respiração, pode ser necessário o uso de ventilação mecânica para salvar a vida da pessoa.

É importante destacar que, em muitos casos, a poliomielite não apresenta sintomas evidentes ou pode ser confundida com doenças mais comuns, o que torna a vacinação ainda mais crucial.

Tratamento da Poliomielite: Existe Cura?

Infelizmente, ainda não existe cura para a poliomielite. O tratamento se concentra em aliviar os sintomas e, quando necessário, em reabilitar os pacientes com paralisia. O tratamento depende da gravidade da doença e pode incluir:

  • Cuidados respiratórios: quando o vírus afeta os músculos respiratórios, pode ser necessário o uso de aparelhos de ventilação assistida para garantir a respiração adequada.
  • Fisioterapia e reabilitação: após a paralisia, a fisioterapia pode ajudar a melhorar a mobilidade e a qualidade de vida do paciente.
  • Analgésicos: para controlar a dor associada à infecção.

Infelizmente, a paralisia causada pela poliomielite é permanente, o que torna a prevenção, por meio da vacinação, a forma mais eficaz de proteção contra a doença.

A vacina contra a Poliomielite: A Defesa Mais Eficaz

A vacina contra a poliomielite é a melhor forma de prevenção. Desde que o Brasil iniciou sua campanha de vacinação em massa, a poliomielite foi erradicada no país. No entanto, a doença continua sendo um risco em várias regiões do mundo, o que reforça a necessidade de manter a imunização em dia.

Tipos de vacina contra a poliomielite:

  1. Vacina Oral (VOP): A tradicional "gotinha", utilizada por anos no Brasil, é composta por vírus atenuado, ou seja, o poliovírus é enfraquecido para que o organismo desenvolva imunidade sem causar a doença. Essa vacina é administrada por via oral.
  2. Vacina Injetável (VIP): Recentemente, a vacina injetável substituiu a vacina oral em alguns países, incluindo o Brasil, devido à sua maior segurança em termos de risco de transmissão do vírus em ambientes comunitários. Ela contém vírus inativados, ou seja, o vírus é morto antes de ser administrado, o que elimina qualquer risco de causar poliomielite.

A vacinação contra a poliomielite é administrada em várias doses, começando nos primeiros meses de vida, com reforços durante a infância. As campanhas de vacinação realizadas periodicamente pelo governo são essenciais para manter a imunização em alta e prevenir surtos.

Mitos e Verdades sobre a Poliomielite e a Vacinação

Mito 1: A poliomielite está erradicada, não preciso vacinar.
Verdade: Embora o Brasil tenha erradicado a poliomielite, o risco da doença voltar é real, especialmente em casos de falta de vacinação ou em populações não vacinadas. O poliovírus continua presente em outras partes do mundo, e a imunização continua sendo necessária para manter a proteção.

Mito 2: A vacina oral contra a poliomielite pode causar a doença.
Verdade: A vacina oral (VOP) pode, em casos muito raros, causar poliomielite em indivíduos com sistema imunológico comprometido, mas este risco foi drasticamente reduzido com a introdução da vacina injetável (VIP), que não possui esse risco.

Mito 3: A vacina contra poliomielite é apenas para crianças.
Verdade: A vacina contra a poliomielite é recomendada principalmente para crianças, mas adultos também devem garantir que sua vacinação esteja em dia, especialmente se nunca receberam as doses necessárias.

A Importância de Manter a Vacinação Atualizada

A poliomielite é uma doença erradicada no Brasil graças à adesão das famílias à vacinação. No entanto, os desafios continuam, pois o mundo ainda enfrenta surtos em algumas regiões. O Ministério da Saúde tem alertado sobre a importância de não deixar de vacinar, reforçando que a imunização contra a poliomielite deve ser mantida em todas as faixas etárias.

As campanhas de vacinação continuam sendo realizadas em todo o país, com foco na prevenção e no aumento das coberturas vacinais. Garantir que crianças e adultos estejam vacinados é a melhor forma de proteger as gerações futuras.

Conclusão

Embora a poliomielite tenha sido praticamente erradicada no Brasil, a prevenção continua sendo crucial. A vacinação é a forma mais eficaz de impedir o retorno da doença e garantir que novas gerações cresçam protegidas. A adesão à vacinação é responsabilidade de todos, e a educação sobre a importância da imunização é fundamental para a saúde pública global.

 

 

 

Fontes:
Tua Saúde - Vacina Contra a Poliomielite.
Ministério da Saúde - Poliomielite e a Importância da Vacinação
CNN Brasil - Fim da Gotinha

 

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