Rio de Janeiro será palco da inovação climática com premiação global

The Earthshot Prize in Rio prêmio inovação

Com a chegada do Earthshot Prize ao Brasil e à cidade do Rio de Janeiro, surge uma janela de oportunidade histórica para aliar visibilidade mundial e ação local em prol do clima. Foto divulgação: Site The Earthshot Prize.

O estado do Rio de Janeiro ganhará destaque internacional ao sediar, pela primeira vez na América Latina, uma edição do Earthshot Prize — considerada uma das mais importantes premiações ambientais do mundo. A iniciativa, criada por Príncipe William, visa acelerar soluções para a crise climática em cinco categorias: proteger e restaurar a natureza, limpar o ar, reviver os oceanos, construir um mundo sem resíduos e reparar o clima.

Com cerimônia marcada para o dia 5 de novembro de 2025, no Museu do Amanhã, a cidade será transformada em um hub de ação climática, com atividades de engajamento público, arte ambiental, inovação tecnológica e parcerias internacionais. O evento reafirma o papel de destaque que o Rio assumirá na agenda global da sustentabilidade na véspera da COP30.

Rio como capital global do clima

Transformar o Rio de Janeiro em uma “capital global do clima” não é somente simbólico: a cidade sediará, além da premiação, mais de 50 eventos paralelos que envolvem líderes, especialistas, startups, investidores e comunidades locais. A iniciativa pretende gerar visibilidade e mobilização para soluções que já existem — agora com foco em escala e impacto.

Segundo autoridades municipais, o fato de a cidade receber o Earthshot marca uma oportunidade única de colocar o Brasil no centro das discussões climáticas globais, promovendo inovação, visibilidade internacional e fortalecimento da economia verde. Fora a cerimônia, o Rio inaugurou o “Earthshot Boulevard”, um espaço público dedicado à arte, tecnologia e conscientização ambiental, conectado ao centro histórico e ao porto revitalizado.

O valor da premiação e o impacto técnico

Cada um dos cinco vencedores do Earthshot receberá uma premiação equivalente a £ 1 milhão, além de mentoria, rede de apoio e recursos para escalar suas soluções. Pela primeira vez na América Latina, o evento deverá impulsionar ainda mais iniciativas brasileiras, tanto em impacto local quanto em projeção global.

A escolha do Rio como sede amplifica o cenário: a cidade será vista por milhões de pessoas ao redor do mundo, criando um palco para mostrar soluções brasileiras e mobilizar investimentos. A agenda engloba arte pública, exibições de tecnologia limpa, instalações interativas e uma cerimônia com participação de celebridades e líderes ambientais internacionais.

Desafios e oportunidades para o Rio

A iniciativa pretende gerar visibilidade e mobilização para soluções que já existem — agora com foco em escala e impacto. Foto Divulgação: Site The Earthshot Prize.

Apesar da visibilidade, o evento traz consigo grande responsabilidade. O Rio precisará demonstrar coerência entre o discurso e a prática: infraestrutura urbana sustentável, governança climática eficiente, inclusão da população local e continuidade das ações após o evento são elementos essenciais. O plano operacional da prefeitura define que áreas como o Centro, Porto Maravilha, Aterro do Flamengo e Zona Sul terão uma estrutura especial para acomodar a agenda climática.

Além disso, será uma oportunidade para que as soluções selecionadas no prêmio sejam testadas em um ambiente urbano real, gerando emprego, inovação e mobilização social. Startups brasileiras que chegaram à final do prêmio já demonstraram como o país pode despontar no campo da economia verde, sobretudo se houver articulação entre governo, iniciativa privada e terceiro setor.

O que o cidadão também pode esperar

Mais do que eventos globais, essa dinâmica traz reflexos para quem mora na cidade. Durante os dias que antecedem a COP30, o Rio de Janeiro verá ativações culturais, educação ambiental para escolas, instalação de arte interativa em praças, espaços de debate comunitário e exibição de tecnologias limpas. Isso pode gerar engajamento do público, conscientização climática e até influenciar escolhas cotidianas — como transporte, consumo e reciclagem.

Em paralelo, a cidade poderá desenvolver planos de ação que resultem em benefícios permanentes, como mobilidade sustentável, energia renovável, saneamento, recuperação de áreas verdes e engajamento comunitário. Se bem aproveitado, o evento se transforma em catalisador de mudança real e duradoura.

Como se inscrever para o prêmio Earthshot Prize do Rio?

Não é possível se inscrever diretamente no Prêmio Earthshot; as iniciativas precisam ser indicadas por parceiros, como a BVRio. Caso sua iniciativa tenha sinergia com a área de atuação da BVRio, você pode enviar os detalhes para o e-mail dela. No entanto, as indicações para a edição de 2025 já foram encerradas. A partir de agora, o ideal é assinar a newsletter para ser notificado sobre futuras oportunidades.

Como participar no futuro?

Aguarde as próximas aberturas: as indicações para o Earthshot Prize geralmente ocorrem no final do ano.
Incentive indicações: Se a sua iniciativa for elegível (solução para um desafio ambiental com impacto comprovado e escalável), você pode solicitar a um dos indicadores parceiros do prêmio, como a BVRio, indicá-lo.
Fique atento às notícias: Assine a newsletter do prêmio e acompanhe as redes sociais para receber atualizações sobre as próximas chamadas e prazos de inscrição.

Conclusão

Com a chegada do Earthshot Prize ao Brasil e à cidade do Rio de Janeiro, surge uma janela de oportunidade histórica para aliar visibilidade mundial e ação local em prol do clima. A cerimônia e a agenda paralela concentram esforços de inovação, governança e mobilização social, colocando a cidade no centro da transição para um futuro mais sustentável. Resta agora que essa energia se transforme em legado concreto e duradouro — para o Rio, para o Brasil e para o planeta.

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