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| A escolha de Belém coloca a floresta e suas populações em evidência. Foto: Divulgação Governo do Pará. |
Belém, capital do Pará, foi escolhida para sediar a COP30 no Brasil — a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas — que acontecerá em novembro de 2025. A decisão destaca a Amazônia no centro das discussões globais sobre o clima, reforçando a importância ambiental, social e geopolítica da região.
Por que Belém foi escolhida
1. A Amazônia como símbolo global
A
Amazônia é essencial no equilíbrio climático mundial. Ela funciona como um dos
principais sumidouros de carbono do planeta e abriga cerca de 10% de todas as
espécies conhecidas. Além disso, é território de povos tradicionais que vivem
diretamente os efeitos da crise climática.
A escolha
de Belém coloca a floresta e suas populações em evidência, possibilitando
que suas vozes estejam presentes e influenciem decisões internacionais
importantes.
2. Ação diplomática do Brasil
O governo
brasileiro articulou fortemente a candidatura de Belém, que recebeu apoio dos países
da América Latina e Caribe. A iniciativa reforça a imagem do Brasil como país
comprometido com a preservação ambiental e as metas climáticas globais.
Essa será
a primeira COP realizada na Amazônia, algo considerado histórico nas
negociações ambientais internacionais.
3. Justiça climática e protagonismo local
Trazer a
COP30 para Belém no Brasil não é somente simbólico: é estratégico. A Conferência permite
que temas como desmatamento, povos indígenas, floresta em pé e desigualdade
ambiental sejam tratados no território onde tudo acontece, com
participação direta das populações afetadas.
O que muda para o Brasil e para Belém
1. Visibilidade mundial
Com chefes de Estado, cientistas, ambientalistas e representantes de mais de 190
países, o Brasil volta ao centro das discussões climáticas. É uma oportunidade
para mostrar compromissos reais com o meio ambiente — e para exigir apoio
internacional na proteção da Amazônia.
2. Investimentos em infraestrutura
A cidade passa por reformas em áreas estratégicas:
- Mobilidade urbana
- Ampliação de aeroportos
- Novos hotéis e espaços de conferência
- Requalificação urbana
Essas melhorias podem deixar um legado permanente para moradores e futuras
gerações.
3. Fomento à bioeconomia
A COP30 deve estimular projetos sustentáveis que unem proteção à floresta
com geração de renda. Isso inclui:
- · Produtos da floresta
- · Turismo sustentável
- · Projetos de ciência e tecnologia verde
A tendência é que Belém e o Pará se tornem um polo de referência em
bioeconomia amazônica.
4. Fortalecimento das populações tradicionais
A conferência também deve dar destaque às demandas indígenas e ribeirinhas do Brasil,
inserindo suas lutas na agenda internacional. Isso reforça debates sobre:
- · Demarcação de terras
- · Combate ao desmatamento ilegal
- · Direitos ambientais e culturais
Desafios
Apesar dos benefícios, ainda há alertas:
- · O legado precisa ser duradouro (e não só durante o evento)
- · A população local exige melhorias reais, não só “maquiagem urbana”
- · É necessário garantir segurança e organização para a cidade receber milhares de visitantes
Conclusão
A COP30 em Belém é um acontecimento histórico. Pela primeira vez, a
principal reunião sobre clima do planeta acontecerá dentro da Amazônia. Para o
Brasil, é uma chance de mostrar liderança ambiental, atrair investimentos,
gerar impacto social e defender a importância da maior floresta tropical do
mundo — não só como patrimônio natural, mas como peça fundamental no futuro
climático da Terra.
Fontes consultadas:
- G1 —
“Por que Belém foi escolhida para sediar a COP30?”
- COP30
Portal Oficial — "Entenda por que Belém foi escolhida para sediar a
COP30"
- Governo
Federal — Ministério do Meio Ambiente
- Observatório
do Clima

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