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| Conhecer os sinais do próprio corpo e aprender a diferenciar sintomas é essencial para evitar complicações e garantir tratamentos eficazes. Foto: raker/Shutterstock |
Esta reportagem explica de forma clara e acessível algumas das doenças mais comuns entre os brasileiros — aquelas que, embora pareçam simples, ainda causam confusão, automedicação e, muitas vezes, atrasos no diagnóstico. O conteúdo reúne informações de médicos, infectologistas e profissionais de saúde que atuam diretamente na prevenção, no esclarecimento de sintomas e na orientação da população.
Com base
em estudos atualizados publicados entre 2023 e 2025 no Brasil, onde certas
doenças apresentam maior incidência, o objetivo é ajudar o leitor a compreender
diferenças essenciais e sinais de alerta que podem evitar complicações. A
análise é construída a partir de evidências científicas, observações clínicas e
recomendações de instituições reconhecidas.
Gripe x Resfriado: por que tanta confusão?
Embora
sejam frequentemente tratados como a mesma coisa, gripe e resfriado têm
origens e intensidades diferentes. A gripe, causada pelo vírus influenza,
apresenta sintomas mais fortes, como febre alta, dores intensas no corpo,
fadiga e mal-estar significativo. Já o resfriado, geralmente associado ao
rinovírus, é mais leve e costuma causar coriza, espirros e congestão nasal.
A
confusão acontece porque, no início, os sintomas podem parecer semelhantes. No
entanto, especialistas reforçam que a gripe tende a incapacitar mais, durar
mais tempo e exigir maior atenção, especialmente em pessoas com comorbidades. A
vacina anual permanece sendo a principal forma de prevenção, reduzindo o risco
de complicações e hospitalizações. Procurar atendimento médico é fundamental em
casos de febre persistente, dificuldade respiratória ou piora rápida do quadro.
Sinusite: a inflamação que engana muita gente
A sinusite
é uma inflamação dos seios da face que provoca dor intensa na região frontal,
congestão, sensação de pressão e, às vezes, febre. Como muitos sintomas se
confundem com os de um resfriado prolongado, muita gente acaba atrasando o
diagnóstico ou recorrendo à automedicação.
Existem
três principais causas: infecções virais, infecções bacterianas e crises
alérgicas. A sinusite viral costuma melhorar sozinha em poucos dias, enquanto a
bacteriana exige avaliação profissional e, em alguns casos, antibióticos. A
prevenção envolve hidratação, lavagem nasal, evitar ambientes muito secos e
reduzir exposição a fatores que irritam as vias aéreas, como fumaça, poeira e
mudanças repentinas de temperatura.
Infecção urinária: sintomas, riscos e tratamentos
A infecção
urinária afeta principalmente mulheres, devido à anatomia do trato
urinário, mas pode ocorrer em qualquer pessoa. A doença causa dor ou ardor ao
urinar, urgência para ir ao banheiro e incômodo na parte inferior do abdômen.
O risco
maior está no avanço da infecção para os rins, o que pode gerar febre alta,
vômitos e complicações graves. Por isso, o tratamento deve sempre ser feito com
orientação médica. Beber bastante água, urinar após relações sexuais e evitar
segurar a urina por longos períodos são medidas importantes para prevenir novos
episódios. Em casos recorrentes, exames complementares podem identificar
fatores predisponentes.
Gastrite: causas reais, mitos e complicações
A gastrite
continua entre as condições mais conhecidas — e mais mal compreendidas — pelos
brasileiros. A inflamação da parede do estômago pode surgir por diversos
motivos: má alimentação, consumo excessivo de álcool, uso contínuo de
anti-inflamatórios, estresse e infecção pela bactéria H. pylori.
Entre os
mitos mais difundidos está a ideia de que somente o nervosismo causa gastrite.
Embora ele agrave o quadro, a causa é multifatorial. Sintomas como queimação,
náusea e sensação de estômago cheio após poucas refeições devem ser observados.
O tratamento inclui medicamentos que reduzem a acidez, além de mudanças
alimentares, como redução de alimentos gordurosos, frituras e bebidas
irritantes.
Alergias: como identificar e quando se tornam
perigosas
As alergias são respostas exageradas do sistema imunológico a substâncias que, em condições normais, não causariam reação — como poeira, pólen, alimentos ou produtos químicos. Elas podem se manifestar com espirros, coceira, manchas vermelhas ou inchaços.
O maior risco está na anafilaxia, reação grave que pode
comprometer a respiração e exige atendimento imediato. O diagnóstico é feito
com testes específicos e o manejo depende de evitar o alérgeno, usar medicação
adequada e manter ambientes limpos e ventilados. Pacientes com histórico de
crises severas geralmente precisam carregar medicamentos de emergência.
Prevenção: o que realmente importa
Conhecer os sinais do próprio corpo e aprender a diferenciar sintomas é
essencial para evitar complicações e garantir tratamentos eficazes. Muitas
dessas doenças podem ser controladas ou prevenidas com medidas simples, como
manter uma rotina de hidratação, cuidar da imunidade e buscar orientação médica
ao perceber alterações persistentes.
Na próxima parte da Série Sintomas, você vai descobrir como a
rotina, a alimentação e pequenos hábitos do dia a dia podem reduzir riscos e
melhorar a qualidade de vida de forma contínua.
Voltamos na próxima quarta com a Parte 3. Não deixe
de acompanhar!
Leia também:
Fontes:
·
Ministério
da Saúde — Portal de Informações em Saúde.
·
Fiocruz
— Fundação Oswaldo Cruz
·
Sociedade
Brasileira de Infectologia
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