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5 sintomas de fígado gorduroso e sobrecarregado que indicam que algo não vai bem

Homem com dor no abdômen ao lado de uma ilustração de fígado, indicando sobrecarga hepática.
Conheça os sinais de que seu fígado pode estar sobrecarregado. Cuide da sua saúde! Foto ilustração.

O fígado é um órgão central para o equilíbrio do organismo e exerce mais de 500 funções essenciais, incluindo metabolização de nutrientes, filtração de toxinas, armazenamento de vitaminas, regulação hormonal e participação direta no processo digestivo. Quando ele está funcionando bem, realizamos nossas atividades diárias com energia, boa digestão e estabilidade metabólica. No entanto, quando ocorre uma sobrecarga — seja por hábitos inadequados, alimentação desequilibrada, medicamentos ou exposição frequente a substâncias tóxicas — o órgão começa a apresentar sinais que merecem atenção.

A sobrecarga hepática não surge muito rapidamente. Geralmente, o corpo emite alertas sutis que, se ignorados, podem evoluir para quadros mais sérios, como esteatose hepática, inflamação ou até cirrose. Por isso, compreender esses sinais é fundamental para agir preventivamente e proteger a saúde a longo prazo.

A seguir, conheça os cinco principais sinais de que o seu fígado pode estar trabalhando além da capacidade.


1. Fadiga constante e diminuição da energia diária

A sensação persistente de cansaço é um dos sinais mais comuns de alteração hepática. Quando o fígado está sobrecarregado, ele encontra dificuldade para metabolizar substâncias nocivas, processar nutrientes e manter a glicose circulante em níveis adequados. Isso faz com que o metabolismo geral do corpo desacelere, produzindo menos energia disponível para as células.

Mesmo após uma noite completa de sono, a pessoa pode acordar esgotada, sem disposição para atividades rotineiras. Esse tipo de fadiga não melhora com repouso e tende a persistir por semanas. Em quadros mais avançados, pode vir acompanhado de dificuldade de concentração e redução da capacidade cognitiva, porque o acúmulo de toxinas interfere também no funcionamento cerebral.


2. Inchaço abdominal, gases e digestão lenta

O fígado tem papel direto na produção da bile, substância essencial para a digestão e emulsificação das gorduras. Quando ele está sobrecarregado, a produção de bile pode diminuir ou tornar-se menos eficiente. O resultado aparece na forma de indigestão, sensação de estômago “pesado”, excesso de gases, refluxo e desconforto após refeições — especialmente após o consumo de alimentos gordurosos.

Além disso, o fígado inchado pode causar um aumento do volume abdominal. Esse inchaço não desaparece facilmente e pode vir acompanhado de dor leve na região superior direita do abdômen. Em alguns casos, pode haver também constipação ou alteração no trânsito intestinal devido ao desequilíbrio da digestão.


3. Alterações visíveis na pele e nos olhos

A pele é um reflexo direto da saúde do fígado. Quando ele não consegue filtrar adequadamente toxinas e bilirrubina, essas substâncias acabam se acumulando no sangue e afetando a aparência da pele e dos olhos.

Entre os sinais mais característicos estão:

·         Icterícia, que deixa os olhos e a pele amarelados.

·         Coceira intensa, causada pelo acúmulo de sais biliares.

·         Manchas escuras e pigmentação irregular, já que o excesso de toxinas estimula a maior produção de melanina.

·         Oleosidade excessiva e acne recorrente, especialmente na fase adulta.

·         Olheiras persistentes, mesmo com boa rotina de sono.

Essas manifestações não devem ser ignoradas, pois geralmente indicam alterações significativas no metabolismo hepático.


4. Náuseas, mal-estar após refeições e perda de apetite

Outro sinal frequente de que o fígado está sobrecarregado é a presença de náuseas, enjoos e sensação de estômago embrulhado. Como o órgão tem dificuldade para processar os alimentos e auxiliar na digestão de gorduras, o desconforto tende a surgir logo após as refeições — principalmente aquelas mais pesadas.

A perda de apetite também é comum, pois o corpo envia sinais de que não está conseguindo lidar com grandes quantidades de nutrientes. Em quadros mais intensos, o indivíduo pode apresentar vômitos ocasionais, intolerância a determinados alimentos e sensação de saciedade precoce (comer pouco e já sentir-se cheio).


5. Fezes muito claras e urina escura

As alterações na coloração das excreções são um dos marcadores mais claros de desequilíbrio hepático. A bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, é responsável pela tonalidade marrom das fezes. Quando sua produção ou transporte está comprometido, as fezes podem se tornar muito claras, esbranquiçadas ou amareladas.

Por outro lado, a urina tende a ficar mais escura, apresentando coloração semelhante à de chá ou refrigerante de cola. Isso ocorre porque o excesso de bilirrubina, que deveria ser eliminado pelas fezes, acaba sendo excretado pelos rins.

Esses sinais exigem investigação imediata, por poderem estar relacionados à inflamação hepática, obstrução biliar ou doenças mais graves.


Qual é o principal inimigo do fígado?

Vários fatores podem sobrecarregar o fígado, mas alguns são especialmente prejudiciais:

·         Consumo excessivo de álcool, considerado o maior vilão e um dos principais causadores de doenças como esteatose hepática alcoólica, hepatite alcoólica e cirrose.

·         Dieta rica em carboidratos simples, gorduras saturadas e açúcar, que favorece o acúmulo de gordura no fígado.

·         Sedentarismo, que contribui para resistência à insulina e obesidade, aumentando o risco de fígado gorduroso.

·         Uso contínuo de medicamentos sem orientação, incluindo analgésicos, anti-inflamatórios e ansiolíticos.

·         Exposição a substâncias tóxicas e solventes químicos.

·         Obesidade e síndrome metabólica, condições fortemente associadas à esteatose hepática não alcoólica.

O fígado pode até se regenerar, mas quando a agressão é constante, o ciclo inflamatório se perpetua e compromete a saúde de forma progressiva.


O que fazer ao observar esses sinais?

Se você identifica um ou mais sintomas descritos, o ideal é procurar avaliação médica. Geralmente, o profissional solicitará exames como:

·         Hemograma

·         Função hepática (TGO, TGP, GGT)

·         Bilirrubinas

·         Ultrassom abdominal

Além disso, mudanças no estilo de vida são essenciais:

·         Reduzir ou eliminar o consumo de álcool.

·         Evitar frituras, alimentos industrializados e excesso de açúcar

·         Aumentar o consumo de vegetais, fibras e água

·         Praticar atividade física regular

·         Não usar medicamentos sem prescrição

·         Manter o peso adequado

Essas medidas favorecem a desintoxicação natural do fígado e melhoram seu desempenho.


Conclusão

O fígado é um órgão silencioso, mas altamente sensível aos hábitos de vida. Quando sobrecarregado, ele envia avisos mediante sintomas que muitas pessoas ignoram por considerarem comuns. Reconhecer esses sinais, ajustar o estilo de vida e buscar orientação profissional são os melhores caminhos para preservar a função hepática e evitar complicações no futuro. Cuidar do fígado é cuidar da saúde como um todo — energia, metabolismo, digestão e bem-estar começam nele.


 

 

 

 

 

Fontes utilizadas

·         Ministério da Saúde do Brasil — Diretrizes sobre prevenção e manejo de doenças hepáticas

·         Tua Saúde — “Sintomas de problemas no fígado”

·         VivaBem UOL — Matérias sobre sinais e sintomas de sobrecarga hepática.

 

 

 

 


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