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| Infelizmente, apesar dos esforços médicos e das correntes de oração, Sofia, filha de Lexa, não resistiu às complicações decorrentes da Síndrome HELLP. Crédito: spinoff.com.br |
A cantora Lexa enfrentou uma das experiências mais dolorosas que uma mãe pode vivenciar: a perda de sua filha recém-nascida, Sofia. Após um parto prematuro em 2 de fevereiro de 2025, a bebê resistiu por apenas três dias, falecendo em 5 de fevereiro. A tragédia ocorreu devido a complicações decorrentes da Síndrome HELLP, uma condição grave relacionada à hipertensão na gravidez.
Entendendo a Síndrome HELLP
A Síndrome HELLP é uma complicação obstétrica severa caracterizada por três principais alterações:
- Hemólise: destruição das células vermelhas do sangue;
- ELevated Liver Enzymes (elevação das enzimas hepáticas): indicando comprometimento do fígado;
- LP (Low Platelets): baixa contagem de plaquetas, essenciais para a coagulação sanguínea.
Essa síndrome é frequentemente considerada uma variante da pré-eclâmpsia e pode surgir durante o terceiro trimestre da gestação ou no período pós-parto. Os sintomas incluem dor abdominal superior, náuseas, vômitos, cefaleia e inchaço, podendo ser facilmente confundidos com desconfortos comuns da gravidez, dificultando o diagnóstico precoce.
A Jornada de Lexa
Durante sua gestação, Lexa foi diagnosticada com pré-eclâmpsia precoce, uma condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial após a 20ª semana de gravidez, acompanhada de sinais de comprometimento de órgãos, como o fígado e os rins. Essa condição evoluiu para a Síndrome HELLP, agravando ainda mais seu estado de saúde e o de sua bebê.
Em 5 de fevereiro de 2025, Lexa compartilhou em suas redes sociais um pedido emocionado: “Gostaríamos de pedir uma corrente de oração de todo o seu coração… rezem pela Sofia”. Sua mãe, Darlin Ferrattry, também solicitou orações: “Eu imploro, peçam a Deus pela Sofia Vianna Araújo e pela Lexa”.
Infelizmente, apesar dos esforços médicos e das correntes de oração, Sofia não resistiu às complicações decorrentes da Síndrome HELLP. Em 10 de fevereiro de 2025, Lexa anunciou o falecimento de sua filha, expressando sua profunda dor e luto.
Fatores de Risco e Prevenção da Síndrome HELLP
A causa exata da Síndrome HELLP ainda é desconhecida, mas alguns fatores de risco foram identificados:
- Histórico de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia: mulheres que já tiveram essas condições em gestações anteriores têm maior probabilidade de desenvolver a síndrome.
- Idade materna avançada: mulheres com mais de 25 anos apresentam risco aumentado.
- Obesidade: índice de massa corporal elevado está associado a maior incidência da síndrome.
- Gravidez múltipla: gestações de gêmeos ou mais aumentam o risco.
- Histórico familiar: parentes de primeiro grau que tiveram a síndrome podem indicar predisposição genética.
A prevenção da Síndrome HELLP envolve o acompanhamento pré-natal rigoroso, com monitoramento regular da pressão arterial e exames laboratoriais para avaliar a função hepática e a contagem de plaquetas. A adoção de um estilo de vida saudável, incluindo dieta balanceada e prática de atividades físicas, também é recomendada. Em alguns casos, o uso de baixas doses de aspirina pode ser indicado para reduzir o risco de pré-eclâmpsia, mas essa decisão deve ser tomada pelo médico responsável.
Sinais de Alerta e Importância do Diagnóstico Precoce.
Reconhecer os sinais precoces da Síndrome HELLP é crucial para a intervenção médica oportuna. Os sintomas incluem:
- Dor abdominal superior: especialmente no lado direito, abaixo das costelas, devido ao inchaço do fígado.
- Náuseas e vômitos: que podem ser persistentes e intensos.
- Cefaleia intensa: dor de cabeça que não alivia com analgésicos comuns.
- Alterações visuais: visão turva ou sensibilidade à luz.
- Inchaço: especialmente no rosto e nas mãos.
Diante de qualquer um desses sintomas, é fundamental procurar atendimento médico imediato. O diagnóstico precoce permite intervenções que podem salvar a vida da mãe e do bebê.
Tratamento e Prognóstico.
O tratamento da Síndrome HELLP requer geralmente a interrupção da gestação, especialmente se a condição ocorrer após a 34ª semana ou se houver deterioração do estado materno ou fetal. Antes desse período, pode-se considerar o uso de corticosteroides para acelerar a maturação pulmonar do feto e manejo clínico intensivo para estabilizar a mãe. Após o parto, a maioria das mulheres apresenta melhora significativa, embora algumas possam necessitar de cuidados adicionais, como transfusões sanguíneas ou suporte em unidades de terapia intensiva.
Reflexão Final.
A trágica perda de Lexa destaca a importância da conscientização sobre a Síndrome HELLP e outras complicações.

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