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De acordo com pesquisas recentes citadas por portais de saúde, o uso prolongado da melatonina pode alterar o funcionamento do sistema cardiovascular. Foto reprodução.
Nos
últimos dias, um alerta sobre o uso prolongado de melatonina ganhou
destaque após a divulgação de novos estudos que relacionam o consumo contínuo
do suplemento ao aumento do risco de insuficiência cardíaca e até de morte
prematura. O tema acendeu o debate entre especialistas, já que a substância
é amplamente utilizada no Brasil para tratar distúrbios do sono, muitas vezes
sem acompanhamento médico.
De acordo
com pesquisas recentes citadas por portais de saúde, o uso prolongado da
melatonina pode alterar o funcionamento do sistema cardiovascular, impactando o
ritmo cardíaco e a pressão arterial, principalmente em pessoas
com predisposição a doenças cardíacas. O assunto ganhou força em novembro de
2025, após a publicação de uma análise que reforça a necessidade de controle
médico sobre a dosagem e a duração do tratamento.
🩺 O que é a melatonina e por que seu uso se
popularizou
A melatonina
é um hormônio produzido naturalmente pela glândula pineal, localizada no
cérebro, e está diretamente ligada à regulação do ciclo circadiano — o
famoso “relógio biológico” que controla o sono e a vigília. Sua produção
aumenta à noite, quando há pouca luz, auxiliando o corpo a relaxar e se
preparar para dormir.
Nos
últimos anos, a substância passou a ser vendida em farmácias e lojas de
suplementos, tanto na forma de comprimidos quanto em gotas. Com a vida moderna
marcada por estresse, excesso de telas e distúrbios de sono, a melatonina se
tornou uma solução rápida e, para muitos, “natural” para combater a
insônia.
No
entanto, embora seja um hormônio endógeno, o uso externo da substância nem
sempre é isento de riscos. Estudos vêm apontando que o uso sem prescrição pode
provocar dependência, alterações hormonais e até efeitos
cardiovasculares, especialmente em doses elevadas ou quando administrada
por longos períodos.
❤️ O
alerta dos cientistas: relação entre melatonina e insuficiência cardíaca
O novo
estudo que despertou preocupação na comunidade médica analisou pacientes que
fizeram uso contínuo de melatonina por mais de um ano. Os resultados
comprovaram um aumento significativo no risco de desenvolver insuficiência
cardíaca, principalmente entre pessoas com histórico de doenças
cardiovasculares ou que já apresentavam alterações na pressão arterial.
Segundo
os pesquisadores, o problema não está na substância em si, mas na forma
indiscriminada como ela é utilizada. A melatonina, quando administrada de
forma crônica, pode interferir na função mitocondrial — responsável por
fornecer energia ao coração — e também afetar o sistema nervoso autônomo,
que regula a frequência cardíaca.
Outro ponto
destacado é que, ao contrário do que muitos acreditam, a melatonina não é um
medicamento inofensivo. Seu uso deve ser acompanhado por um profissional de
saúde, especialmente em pacientes idosos, hipertensos ou com diagnóstico prévio
de doenças cardíacas.
A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia alertado para o uso
criterioso da substância, destacando que o consumo descontrolado pode mascarar
problemas de sono mais sérios, como a apneia, ansiedade e depressão, que exigem
tratamentos específicos.
⚠️ Cuidados e recomendações para o uso seguro
Especialistas
reforçam que a melatonina pode ser útil em alguns casos, principalmente para ajustar
o ciclo do sono em situações pontuais, como jet lag, trabalho noturno ou
insônia leve. Contudo, o uso contínuo e sem orientação médica deve ser evitado.
Entre as
principais recomendações estão:
- Buscar avaliação médica
antes de iniciar o uso do suplemento;
- Respeitar a dosagem
prescrita — geralmente entre 0,5 mg e 3 mg por noite;
- Evitar o uso em longo prazo
sem acompanhamento;
- Priorizar medidas naturais
para melhorar o sono, como reduzir a exposição a telas antes de dormir,
manter uma rotina regular e evitar o consumo de cafeína à noite.
Além
disso, médicos ressaltam ser fundamental identificar a causa da insônia.
Muitas vezes, o problema não está na ausência de melatonina, mas em fatores
emocionais, hormonais ou ambientais que prejudicam a qualidade do descanso.
O alerta
sobre os riscos da melatonina serve, portanto, como um chamado à
responsabilidade. Embora o hormônio tenha funções importantes no organismo,
a automedicação e o uso prolongado podem ter consequências graves —
especialmente quando o coração é o órgão mais afetado.
Fontes:
- G1 — Melatonina:
uso prolongado pode aumentar risco de insuficiência cardíaca e morte
- Veja – Uso
prolongado de melatonina para dormir pode ter efeitos negativos
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