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| Foto Reprodução |
Recentemente, um estudo revelou que as mulheres podem ser geneticamente mais propensas ao desenvolvimento de estresse pós-traumático(TEPT) após experiências traumáticas. Essa descoberta, destaca a importância de entender como fatores biológicos e sociais influenciam a saúde mental.
O TEPT é um transtorno que pode afetar qualquer pessoa que
tenha vivenciado um evento traumático, mas as mulheres, devido a uma combinação
de fatores genéticos e sociais, podem enfrentar desafios únicos nesse contexto.
O que é o Estresse Pós-Traumático?
O transtorno de estresse pós-traumático é uma condição
potencialmente crônica que se desenvolve após a vivência de eventos
traumáticos, como violência, acidentes ou desastres naturais. Segundo o Dr. Drauzio
Varella, cerca de 15% a 20% das pessoas expostas a situações traumáticas
desenvolvem TEPT, e os sintomas podem se manifestar meses ou até anos após o
evento.
Os principais sintomas incluem a reexperiência do trauma,
que se apresenta por meio de memórias intrusivas, pesadelos e flashbacks. Além
disso, a esquiva de situações que lembram o evento traumático e a
hiperexcitabilidade emocional, como irritabilidade e dificuldades de
concentração, são comuns. Esses sintomas podem levar a sérios problemas na vida
cotidiana, impactando relacionamentos e a capacidade de trabalho.
Fatores que Influenciam o Desenvolvimento do TEPT
O desenvolvimento do estresse pós-traumático é influenciado
por uma série de fatores, que vão além da experiência traumática em si. O
Portal da Unimed aponta que fatores como predisposição genética, histórico
familiar de transtornos mentais e condições socioeconômicas podem aumentar a
vulnerabilidade ao TEPT.
Além disso, as mulheres enfrentam riscos específicos.
Estudos sugerem que elas podem ter uma resposta emocional mais intensa a
traumas, o que, combinado com fatores sociais, como a exposição mais frequente
a situações de violência, pode aumentar a probabilidade de desenvolver TEPT.
Essa questão é preocupante, pois, como mencionado no estudo, a predisposição
genética pode amplificar essas vulnerabilidades.
A Importância do Reconhecimento e do Tratamento
Reconhecer os sintomas do estresse pós-traumático é o
primeiro passo para buscar ajuda. Muitas vítimas de traumas, especialmente
mulheres, hesitam em procurar tratamento devido ao estigma associado à saúde
mental. No entanto, especialistas como os do Drauzio Varella ressaltam que
existem opções de tratamento eficazes, como a terapia cognitivo-comportamental
(TCC) e medicamentos ansiolíticos. A TCC, em particular, é uma abordagem que
tem mostrado resultados positivos na redução dos sintomas de TEPT.
Além disso, o apoio social é fundamental. Conversar com
amigos, familiares ou grupos de apoio pode auxiliar as pessoas a lidarem com
suas emoções e a se sentirem menos isoladas. A Unimed enfatiza que a terapia
deve ser adaptada às necessidades individuais de cada paciente, reconhecendo
que cada caso é único.
Gatilhos e a Vida Diária
Após um trauma, é comum que a pessoa desenvolva “gatilhos” —
estímulos que reativam memórias do evento traumático e provocam reações
emocionais intensas. Esses gatilhos podem ser sons, cheiros ou até mesmo
lugares que lembram a experiência vivida. Identificar e aprender a lidar com
esses gatilhos é uma parte crucial do tratamento do TEPT.
A consciência sobre os próprios gatilhos e a prática de
técnicas de enfrentamento podem ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse. A
terapia pode incluir estratégias para reprocessar as memórias traumáticas de
maneira segura, permitindo que o paciente enfrente seus medos e reduza a
intensidade das reações emocionais.
Conclusão
O estresse pós-traumático é uma condição complexa que afeta
muitas vidas, especialmente entre mulheres que, devido a fatores biológicos e
sociais, podem enfrentar um risco maior. Compreender os sinais e sintomas do
TEPT, além da importância de buscar tratamento, é fundamental para a
recuperação. O apoio de profissionais de saúde mental e de redes de suporte
pode fazer toda a diferença na jornada de cura.
As pesquisas continuam a avançar e é vital que indivíduos
afetados pelo TEPT se sintam motivados a buscar a ajuda necessária. Somente
assim será possível enfrentar os desafios e viver uma vida plena e saudável.
Fontes:
— Unimed.
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