Entendendo o Pólipo Endometrial: O Que Você Precisa Saber

 

Foto Reprodução

Os pólipos endometriais são formações que podem gerar preocupações entre as mulheres, mas é fundamental entender o que são, suas causas, sintomas e opções de tratamento. Neste artigo, vamos explorar detalhadamente tudo sobre os pólipos endometriais, com informações de especialistas da área.

O Que São Pólipos Endometriais?

Os pólipos endometriais, também conhecidos como pólipos uterinos, são nódulos que se desenvolvem a partir da camada que reveste o útero, chamada endométrio. Esses crescimentos podem variar em tamanho, desde milímetros até alguns centímetros, e são formados pelo crescimento excessivo das glândulas que revestem o útero. Segundo a Dra. Maria del Carmen A. V. Casella, especialista em ginecologia, os pólipos podem ser classificados em endometriais, que se localizam na cavidade uterina, e endocervicais, que se desenvolvem no canal do colo uterino.

É importante ressaltar que a maioria dos pólipos é benigna, ou seja, não são cancerosos. Estudos indicam que apenas de 3% a 4% dos pólipos podem se tornar malignos. Entretanto, pólipos maiores que 1,5 cm, especialmente em mulheres acima de 60 anos, têm um risco maior de malignização. Portanto, a vigilância médica é essencial.

Sintomas e Diagnóstico

Embora muitos pólipos endometriais não apresentem sintomas, alguns podem causar desconfortos significativos. Os sinais mais comuns incluem irregularidades menstruais, como aumento do fluxo menstrual, sangramentos entre períodos e dor durante as relações sexuais. Além disso, esses pólipos podem dificultar a fertilização, pois podem interferir na implantação do embrião no útero.

Para diagnosticar a presença de pólipos, o exame mais indicado é a ultrassonografia transvaginal. Entretanto, a histeroscopia é o exame que permite a visualização direta da cavidade uterina e é também a técnica mais utilizada para a remoção dos pólipos.

Durante a histeroscopia, um pequeno instrumento com uma câmera é inserido no útero, permitindo ao médico identificar e remover os pólipos com precisão. Após a remoção, o material deve ser enviado para análise anatomopatológica. Essa avaliação é crucial para garantir que não haja células atípicas que possam indicar um risco maior de câncer.

Tratamento e Considerações Finais

O tratamento para pólipos endometriais envolve geralmente a sua remoção, especialmente se eles estão causando sintomas ou se há fatores de risco associados. A técnica padrão para a remoção é a histeroscopia, que é um procedimento minimamente invasivo. Dependendo da complexidade do caso, a remoção pode ser realizada em consultório sob anestesia local ou em um centro cirúrgico com anestesia geral.

Após a retirada, os pólipos devem ser analisados para verificar a presença de células anormais. É crucial que mulheres que apresentam pólipos, especialmente aquelas na menopausa ou que estão em tratamento com tamoxifeno, mantenham acompanhamento médico regular. A Dra. Casella enfatiza que a remoção dos pólipos é frequentemente recomendada, especialmente em casos onde há fatores de risco, como obesidade ou síndrome dos ovários policísticos.

Em resumo, os pólipos endometriais são formações comuns que podem afetar a saúde e o bem-estar das mulheres. A maioria deles é benigna, mas devido ao pequeno risco de malignização, é essencial um acompanhamento médico adequado. Se você suspeita da presença de pólipos ou está enfrentando sintomas relacionados, consulte um ginecologista para uma avaliação completa e discuta as melhores opções de tratamento.

 

 

Fontes:

• Clínica Mulhera
• Clínica Viver