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Foto Reprodução
O Papilomavírus Humano (HPV) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais
frequentes no mundo. Embora muitas pessoas possam estar infectadas sem saber, é
fundamental entender como essa infecção se transmite, quais são os sinais
iniciais e quais opções de tratamento estão disponíveis. Neste post, vamos
desmistificar o HPV e esclarecer dúvidas comuns.
O Que É o HPV e Como Se Transmite
O HPV é
um grupo de vírus que inclui mais de 200 tipos diferentes. Dentre eles, cerca
de 40 tipos podem afetar a região genital, podendo causar desde verrugas
anogenitais até câncer de colo do útero, pênis e outras áreas. A transmissão do
HPV ocorre principalmente por meio de contato sexual, incluindo relações
vaginais, anais e orais. Importante destacar que o vírus pode ser adquirido
mesmo que a pessoa não apresente sinais visíveis de infecção, tornando a
detecção mais desafiadora.
Além
disso, o HPV pode permanecer latente no organismo por longos períodos, o que
significa que uma pessoa pode estar infectada e não apresentar sintomas durante
meses ou até anos. A Dr.ᵃ Maria Emília, ginecologista, esclarece que “uma
infecção por HPV não é indicativa de traição, pois o vírus pode ter sido
adquirido há muitos anos”. Portanto, é crucial não pular para conclusões
precipitadas sobre a fidelidade de parceiros.
A
prevalência do HPV é alarmante. Estima-se que 80% das mulheres sexualmente
ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas
vidas. Esses números são igualmente altos entre os homens. A boa notícia é que,
geralmente, o sistema imunológico consegue eliminar o vírus naturalmente dentro
de dois anos.
Primeiros Sinais e Tratamentos Disponíveis
Infelizmente,
a infecção por HPV geralmente não apresenta sintomas visíveis na maioria das
pessoas. Quando os sinais aparecem, podem incluir verrugas na região genital e
anal, conhecidas como condilomas acuminados. Essas verrugas podem ser únicas ou
múltiplas, e embora sejam geralmente assintomáticas, podem causar desconforto
ou coceira.
As
manifestações da infecção podem surgir entre 2 a 8 meses após a exposição ao
vírus, mas em alguns casos, pode levar até 20 anos para que os sinais se tornem
evidentes. Isso significa que muitas pessoas podem não perceber que estão
infectadas até que as complicações apareçam. O diagnóstico é realizado por meio
de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão.
O
tratamento do HPV foca nas lesões causadas pela infecção, pois não existe um
medicamento específico para eliminar o vírus. As opções de tratamento incluem
métodos químicos, cirúrgicos e imunológicos. As verrugas anogenitais podem ser
tratadas com medicamentos tópicos, como imiquimode e podofilotoxina, que podem
ser aplicados em casa, ou procedimentos realizados em consultórios, como
crioterapia, eletro cauterização e excisão cirúrgica.
Para
aqueles com imunodeficiência, como pessoas vivendo com HIV, é vital um
acompanhamento mais rigoroso, pois essas pessoas podem ter uma resposta ao
tratamento menos eficaz. Mesmo após o tratamento das lesões, o vírus pode
permanecer no corpo, e novas lesões podem surgir, tornando essencial o
acompanhamento regular com um ginecologista.
Prevenção e Importância da Vacinação
A
prevenção é a melhor forma de combater o HPV e a vacinação é a estratégia mais
eficaz disponível atualmente. Isto é, a vacina contra o HPV é oferecida
gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos de 9 a
14 anos, além de homens e mulheres que vivem com HIV ou que foram transplantados.
A vacinação é indicada em três doses, garantindo uma proteção significativa
contra os tipos de HPV mais comuns.
Além da
vacinação, o uso de preservativos durante as relações sexuais é uma medida
importante de proteção. Embora os preservativos não eliminem totalmente o risco
de infecção, eles ajudam a reduzir a transmissão do vírus. A Dr.ᵃ Maria Emília
ressalta que “o uso da camisinha feminina, que cobre também a vulva, pode ser
ainda mais eficaz na prevenção”.
É
igualmente importante que as mulheres realizem regularmente o exame de
Papanicolau, que ajuda a detectar lesões precursoras do câncer de colo do
útero. Quando essas alterações são identificadas e tratadas precocemente, é
possível prevenir o câncer em praticamente 100% dos casos.
Portanto,
compreender o HPV e suas implicações é fundamental para a saúde sexual de
todos. A prevenção, detecção precoce e tratamento podem salvar vidas e melhorar
a qualidade de vida. Não hesite em buscar orientação médica se você tiver
dúvidas ou preocupações sobre o HPV.
Fontes
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