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| Compreender os sintomas é o primeiro passo para cuidar melhor da própria saúde e evitar atrasos no diagnóstico. Créditos: depositphotos.com / design36 |
Nosso corpo fala o tempo todo. Ele avisa, alerta, insiste e, às vezes, grita. A questão é: estamos ouvindo? Nesta primeira parte da série “Sintomas que o Seu Corpo Explica”, reunimos informações essenciais para ajudar você a compreender sinais comuns e a identificar quando é hora de buscar atendimento médico.
Atenção: este conteúdo é informativo e não substitui avaliação profissional.
Febre: quando é normal e quando vira alerta?
A febre é a elevação da temperatura corporal acima do normal, geralmente acima de 37,8 °C, funcionando como mecanismo de defesa do organismo. Na maioria das vezes, está ligada a infecções virais ou bacterianas, mas nem sempre indica algo grave.
Febre baixa durante resfriados, viroses ou após vacinas, que responde bem a antitérmicos e dura pouco tempo, costuma ser considerada normal. Por outro lado, febre acima de 39 °C, que persiste por mais de 48 a 72 horas ou vem acompanhada de rigidez na nuca, confusão mental, falta de ar intensa, manchas na pele ou convulsões, exige atenção médica imediata.
Dor de cabeça: tipos, causas e sinais de alerta
Nem toda dor de cabeça é igual. As mais comuns incluem a tensional, geralmente associada ao estresse e caracterizada por sensação de aperto; a enxaqueca, dor pulsante acompanhada de náusea, sensibilidade à luz e ao som; e a cefaleia por sinusite, que afeta testa, bochechas e piora ao abaixar a cabeça.
É importante procurar ajuda se a dor vier acompanhada de fraqueza em um lado do corpo, alterações na fala, dor súbita muito intensa, febre alta persistente ou rigidez no pescoço.
Cansaço constante: físico, emocional ou estilo de vida?
O cansaço crônico pode ter múltiplas origens. Entre as causas mais comuns estão noites mal dormidas, excesso de trabalho, sedentarismo, estresse e ansiedade. Entretanto, problemas de saúde como anemia, hipotireoidismo, deficiências nutricionais, depressão, transtornos de ansiedade ou infecções persistentes também podem ser responsáveis.
O sinal de alerta é quando o cansaço persiste por semanas mesmo com descanso, torna-se incapacitante ou surge com perda de peso, febre ou falta de ar.
Tosse persistente: quando se preocupar
A tosse é um sintoma frequente e pode indicar várias condições, desde alergias respiratórias, resfriados e gripes até asma, bronquite ou refluxo gastroesofágico. O problema se torna preocupante se durar mais de três semanas ou vier acompanhada de sangue, falta de ar intensa, chiado no peito ou perda de peso inexplicada.
Dor abdominal: entender um sintoma confuso
A região abdominal concentra muitos órgãos, por isso suas dores podem ter origens diversas. Problemas comuns e menos graves incluem gases, indigestão, prisão de ventre ou vírus gastrointestinais. Entretanto, condições como apendicite, cálculos na vesícula, gastrite, úlcera, infecções urinárias ou inflamações intestinais exigem atenção.
Procure atendimento urgente se houver dor intensa e súbita, vômitos persistentes, sangramento nas fezes ou febre alta.
Falta de ar: do psicológico ao cardiopulmonar
A falta de ar pode ser consequência de crises de ansiedade ou pânico, baixa condição física ou resfriados leves. No entanto, também pode indicar condições mais sérias, como asma, pneumonia, anemia, insuficiência cardíaca ou embolia pulmonar. A intensidade súbita, dor no peito ou dificuldade respiratória intensa devem levar à busca imediata por atendimento médico.
Por que esta série importa?
Compreender os sintomas é o primeiro passo para cuidar melhor da própria saúde e evitar atrasos no diagnóstico. Na Parte 2, vamos explorar sinais que passam muitas vezes despercebidos, mas que podem revelar muito sobre o funcionamento do corpo.
Fontes:
- Para febre: informações do Mayo Clinic sobre quando procurar o médico. Mayo Clinic
- Também no tema febre: artigo da Harvard Health Publishing com sinais de alerta para cuidados médicos. Harvard Health
- Para cefaleias / dores de cabeça: diretrizes da American Headache Society com os “red flags” (sinais de alerta) de cefaleia secundária. American Headache Society+2pmc.ncbi.nlm.nih.gov+2
- Para tosse persistente: recomendações da Mayo Clinic sobre quando buscar ajuda para tosse. Mayo Clinic+1
- Outra para tosse: material da National Health Service (UK) indicando avaliar tosse que persiste mais de 3 semanas. nhs.uk
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